Obras como “Hamlet”, “Romeu e Julieta” e “Sonhos de uma noite de Verão” já fazem parte do conhecimento popular mundial, mesmo que muitos ainda tão tenham lido tais obras. O pouco difundido é que, William Shakespeare (1564-1616) escrevia (e muito bem) poesia. Apesar de consquistar seu auge na dramaturgia, seus sonetos são até hoje considerados os mais lindos de todos os tempos.
Shakespeare vive em uma época, o século XVI, considerada como um período de transição entre a história medieval e a moderna. Isso explica porque sua linguagem é menos cognitiva.
Para finalizar, vou postar um dos meus sonetos favoritos, que por coincidência, transmite exatamente o momento em que vivo. Não se surpreendam por eu afirmar que, os sonetos de Shakespeare têm esse “poder” com todos nós. Basta procurar. Como sugestão para mais detalhes da vida de Shakespeare e alguns dos seus 156 sonetos, indico o link: http://www.starnews2001.com.br/sonnets.html
Até a próxima semana, com um poeta mais atual e mais anônimo, porém não menos brilhante: Alexei Bueno
~ Soneto 17 ~
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.
Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.
Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno
Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.