quinta-feira, 20 de setembro de 2007

POESIA




William Shakespeare: Dramaturgia e Poesia


Obras como “Hamlet”, “Romeu e Julieta” e “Sonhos de uma noite de Verão” já fazem parte do conhecimento popular mundial, mesmo que muitos ainda tão tenham lido tais obras. O pouco difundido é que, William Shakespeare (1564-1616) escrevia (e muito bem) poesia. Apesar de consquistar seu auge na dramaturgia, seus sonetos são até hoje considerados os mais lindos de todos os tempos.

Shakespeare vive em uma época, o século XVI, considerada como um período de transição entre a história medieval e a moderna. Isso explica porque sua linguagem é menos cognitiva.
Seus sonetos tratam de temas próprios dos seres humanos, que são permanentes independente do tempo histórico, como amor, relacionamentos afetivos, sentimentos, questões sociais e temas políticos. Talvez por utilizar ao mesmo tempo tanta sentimentalidade e razão ao tratar desses assuntos, suas palavras atravessem os séculos e permaneçam como adubo para os dias de hoje.

Há quem diga que, Shakespeare trate unicamente do amor em seus vários âmbitos na sua poesia, porém, em minha opinião, é correto afirmar que ele transmita universalidade de assuntos partindo sempre do mesmo ponto: sentimento.

Para finalizar, vou postar um dos meus sonetos favoritos, que por coincidência, transmite exatamente o momento em que vivo. Não se surpreendam por eu afirmar que, os sonetos de Shakespeare têm esse “poder” com todos nós. Basta procurar. Como sugestão para mais detalhes da vida de Shakespeare e alguns dos seus 156 sonetos, indico o link: http://www.starnews2001.com.br/sonnets.html

Até a próxima semana, com um poeta mais atual e mais anônimo, porém não menos brilhante: Alexei Bueno



~ Soneto 17 ~
Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.

Um comentário:

Pricila Graziano disse...

Adoramos seu texto dessa semana!
O tema abordado mostra seu interesse pela poesia e ao redigir seus posts isso fica evidente.